12 de Fevereiro de 2009

 

Olá!

Embora já tenham passado quase duas semanas desde a nossa ida ao IBEB, hoje vamos contar-te a nossa visita.

No passado dia 30 de Janeiro fomos visitar o IBEB (Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica), que faz parte da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Além de termos visitado o Instituto, foi-nos ainda permitido conversar com sete investigadores que lá trabalham. Estes, para além de nos falarem da sua investigação esclareceram-nos em relação a determinados aspectos que nos irão ser extremamente úteis aquando da realização do nosso trabalho escrito.

O IBEB é constituído maioritariamente por salas e gabinetes, pois a investigação realizada por este instituto é feita em parceria com hospitais e outras instituições.

 

Mas afinal, o que é que fomos fazer ao IBEB?

 

Começámos o nosso dia no IBEB com uma reunião com uma das investigadoras, cujo trabalho recaía no método de obtenção de imagens a nível cardiovascular, nomeadamente através da utilização de MRI (imagem por ressonância magnética). Esta técnica, tal como nos foi explicado, consiste na obtenção de imagens do nosso corpo através do uso de campos magnéticos, e é muito utilizada a nível do cérebro.

Após esta pequena conversa, fomos ter com outro investigador que nos explicou que o seu trabalho consistia na criação de modelos computacionais através da imagem de MRI (ressonância magnética). Com o auxílio destas imagens e do computador, este investigador cria modelos a 3D do crânio com o objectivo de estudar o paciente.

 

Esta imagem foi obtida através de uma ressonância magnética.

Em seguida fomos almoçar à faculdade de ciências.

 

Da parte da tarde, começámos por nos reunir com uma investigadora que nos falou de técnicas de medicina nuclear. A medicina nuclear consiste na utilização de radiofármacos para diagnosticar e tratar doenças. Esses radiofármacos vão marcar moléculas participantes no processo em estudo, que através de tomografias por emissão de fotões (PET), permitem visualizar, com recurso a imagens ou vídeos, a funcionalidade do órgão em estudo.

 

Depois, falámos com um investigador que nos explicou no que consistia o PET (Tomografia por Emissão de Positrões) e o SPET (Tomografia por Emissão de Fotões Simples). Estas técnicas de imagem são utilizadas para diagnóstico clínico com o auxílio da medicina nuclear e permitem obter informações acerca do funcionamento de determinados processos bioquímicos que ocorrem no nosso corpo.

 

Para perceberes melhor em que consiste o PET e a ressonância magnética, vê este vídeo!

 

 

 

Os dois investigadores com quem falámos a seguir falaram-nos sobre estimulação neuronal transcraniana. A primeira falou-nos sobre métodos numéricos aplicados à estimulação neuronal, nomeadamente à estimulação eléctrica. Nesta técnica, a corrente eléctrica é aplicada através de dois ou mais eléctrodos colocados no escalpe, e tem como papel fundamental o estudo da função cerebral, servindo também como um utensílio de diagnóstico e de terapia.

O segundo investigador começou por fazer uma perspectiva histórica sobre o electromagnetismo e uma explicação sobre a sua utilização na estimulação neuronal transcraniana. A estimulação magnética transcraniana (TMS) surgiu como uma alternativa indolor e não-invasiva à estimulação eléctrica. Hoje em dia, a TMS é utilizada na investigação clínica, por exemplo para medir alterações na excitabilidade cortical.

 

Por fim falámos com o fundador do IBEB, que nos elucidou acerca da situação actual da investigação sobre o cérebro em Portugal e nos falou ainda do “Binding Problem”. Este problema consiste basicamente no seguinte: imaginem que estão a olhar para uma porta. Sabe-se que a zona do cérebro responsável pelo processamento da forma da porta é diferente e distante da zona do cérebro que processa a sua cor, mas no entanto a nossa percepção é única, isto é, a porta aparece-nos como um só objecto. O “Binding Problem” consiste então na compreensão dos processos físicos que poderão assegurar a forte comunicação existente entre as diferentes zonas do cérebro.

 

Se quiseres saber mais sobre a investigação que se faz no IBEB visita o site oficial deste centro de investigação em http://www.ibeb.fc.ul.pt/2,investigacao.

 

 

Como podeste reparar, a investigação feita no IBEB explora a relação entre a Engenharia Biomédica, a Biofísica e a Medicina. Na área das Neurociências ainda há muito por descobrir e é essencial que as várias ciências colaborem entre si para que se comece a desvendar o maravilhoso mundo do cérebro.

 

Esta experiência foi muito enriquecedora tanto para o nosso trabalho como para nós próprios, pois permitiu-nos aprofundar os nossos conhecimentos sobre as técnicas de imagem para diagnóstico de doenças a nível cerebral, permitiu-nos estabelecer contactos com investigadores desta área e permitiu-nos fazer um levantamento de sites e programas interessantes que podemos utilizar para enriquecer o nosso trabalho.

 

Foi um dia muito bem passado!

publicado por umaquestaodecerebro às 14:13

Lena:
Olá

Foi uma visita muito interessante e pelos vistos aprenderam muita coisa. Ainda bem que a partilham connosco.
Continuação de um bom trabalho.
12 de Fevereiro de 2009 às 18:46

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